23 de dez. de 2012

Um poema de Natal

A DOR

Naquele presépio amigo,
refúgio dos animais,
Maria e José, na paz
da noite acharam abrigo.

Ali findou-se a jornada
e teve termo a procura.
de hospedagem, pela escura
cidade super-lotada.

No seu íntimo sem ira,
Maria sentiu a dor,
ao ritmo prenunciador
de que o tempo se cumprira...

E tinham luz e beleza,
eram quase de alegria
as lágrimas que vertia
em sua delicadeza...

E assim, humilde e dorido,
para iluminar o mundo,
veio à luz o mais profundo
ser humano já nascido!

Eno Teodoro Wanke

Extraído de AS LUZES PALPITANTES DO NATAL,Edições Plaquette, Rio de Janeiro, Natal de 1990.
Conheça o autor AQUI SINGRANDO HORIZONTES



mais sobre ENO TEODORO WANKE AQUI MORREU O MAIOR HISTORIADOR DA TROVA

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