12 de fev. de 2012

catequese bíblico-missionária

A REALIDADE
Pe. Alfredinho, falecido há poucos anos, vivia com os pobres e no meio dos pobres, moradores de rua. Foi convidado a pregar o retiro espiritual para os frades. Foi. Chegou ao anoitecer da véspera do início do retiro. O porteiro do convento, imaginando que fosse um mendigo a mais a pedir ajuda, não o convidou a entrar e, dizendo que o Superior não estava em casa, fechou-lhe a porta.
Pe. Alfredinho dormiu no chão, à porta da igreja, e só de manhã a porta do convento lhe foi aberta.
A PALAVRA
A primeira leitura de hoje dá uma ideia da legislação sobre o leproso. Problemas de pele eram chamados de lepra. Quem tinha o problema devia ficar morando fora das aldeias e ninguém podia se aproximar dele, muito menos tocar nele. Para evitar que alguém se aproximasse, ele devia gritar que estava "impuro".
No evangelho,depois que Jesus anuncia a Boa Notícia por toda a Galileia, Evangelho de domingo passado, um leproso o procura, sabendo que ele podia livrá-lo daquela "impureza".
Cheio de compaixão pelo estado do homem, Jesus desrespeita a lei, toca no leproso. Isso bastou para tirar-lhe a impureza. Mas Jesus o manda embora para que vá cumprir o ritual que o deixasse voltar ao convívio das pessoas, proibindo-o severamente de divulgar o fato.
Como ele divulga, Jesus está impuro e já não pode entrar nas cidades ou aldeias. Fica fora, com os outros excluídos, que de toda parte vêm procurá-lo. Não faz mal, a Boa Notícia ( Evangelho )é mesmo para eles em primeiro lugar.
O MISTÉRIO
O que celebramos na Eucaristia não é um acontecimento "sagrado" ou "religioso", não é algo que aconteceu no Templo ou na Cidade Santa. Aconteceu fora, porque a Cidade nãopoderia se tornar "impura". A morte de Cruz ( Dt 21,22-23 ) era considerada uma maldição de Deus. Só podia acontecer fora da cidade.
Mas a maldição tornou-se bênção, o que era "impuro" é, agora, o que "tira o pecado do mundo ". O que devia ser retirado para fora da cidade veio a ser o centro da história da humanidade.
A missa deve ser boa-nova para os excluídos. Comunhão é igualdade perfeita, direito de participação para todos , sem exclusão. Ele não se deixa partir só para os "puros", ele dá o sangue pelos pecadores.

( Extraído de semanário litúrgico DEUS CONOSCO, 12.02.2012,Nº 7 , de Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Diocese de Guaxupé,MG )

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